quinta-feira, 15 de julho de 2010

Príncipe da Pérsia - as areias do tempo

Príncipe da Pérsia - as areias do tempo
“Prince of Persia; the sands of time” (Mike Newell, EUA, 2010)
Postado em 18 de junho de 2010, às 11h00
Sabe aquele programa de cineminha com os jovens da família? Como eu tenho filho, escapei de “Sex and the city II” mas fui cair no Principe da Persia”. E, para minha surpresa, me diverti.
É um produto dos estúdios Disney e tem a marca do gênio que o fundou. Quem encantou com “Branca de Neve” (1937) e “Cinderela” (1950 ) toda a geração atual de vovós e vovôs, continua divertindo a garotada do século XXI. Basta lembrar o sucesso de “Piratas do Caribe”.
O roteiro do filme “Principe da Pérsia” foi inspirado por um vídeogame de 2003 que fez muito sucesso. E tem o ritmo frenético de um bom jogo.
Mike Newell, que dirigiu também “Harry Potter e o cálice de fogo” (2005), acertou novamente.
A trama tem reviravoltas e surpresas, cenários mágicos de templos, desertos, cidades subterrâneas e palácios. “Principe da Pérsia” foi filmado nos arredores de Marrakesh, Ouarzazate e Eufoud no Marrocos, além de cenários grandiosos nos estúdios Pinewood na Inglaterra.
Se o gosto de tais cenários é duvidoso para os puristas, funciona bem para quem sabe desligar-se do já conhecido.
É pura fantasia mesmo. E a consagração do estilo neo-barroco que mistura laca chinesa, luminárias árabes, altares de templos hindus e colunas góticas. Uma arquitetura na qual Agra, Cambodja, Istambul e Marrakesh se casam com uma cidade medieval européia.
O figurino segue a mesma mistura e funciona com um toque “kitsch” que enfeita os atores.
A princesa (Gemma Aterton) é linda e sexy mas sabe lutar. Ela é um misto de odalisca e vestal. E o príncipe (Jake Gillenhaal) parece um samurai daqueles novíssimos que pulam e voam porque desafiam e estão acima da lei da gravidade. “Expert” em todas as lutas marciais, consegue até ressuscitar. Vestido como um gladiador romano ou em uma simples túnica e calça, dá sempre um jeito de mostrar o dorso nu e malhado.
Na história tem um tio malvado (Ben Kingsley), que já foi Gandhi, vestido num mix de imperador chinês e chefe mongol, que persegue o príncipe Dastan, órfão adotado pelo rei que foi assassinado. Acusam o príncipe por esse crime e ele tem que se defender. Inclusive dos dois irmãos que são filhos legítimos.
Bonitão de sorriso matreiro, o outro mocinho de “O segredo de Brokeback Mountain” (2005 ) vai se unir à princesa para defender o mundo da destruição e, claro, derrete também o coração de Tamina.

Em meio a fugas pelos telhados e corridas de avestruzes, o tempo passa e a gente segue com interesse as correrias do príncipe e da princesa que encontram um malfeitor a cada quinze minutos e conseguem se safar sem nenhum arranhão.
Os efeitos especiais servem ao desenrolar da narrativa, são bem feitos e bem colocados.
Se você quiser acompanhar gente jovem ao cinema, sugira “Principe da Pérsia”. Todos vão gostar.

Um comentário:

  1. sylviamanzano@uol.com.br disse em 17/06/2010 20:33
    Eu não iria, mas a Elonora falou e tá falado. Acho bom de vez em qdo sair da "minha" e ir atrás da indicação do "outro".
    alicecarta@alicecarta.com.br disse em 17/06/2010 12:06
    Este não faz o meu gênero. Percebo que está difícil de achar bons filmes, bjs
    Alice Carta

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