quinta-feira, 15 de julho de 2010

Os homens que não amavam as mulheres

Os homens que não amavam as mulheres - Niels Arden Opley - Suécia /Dinamarca/Alemanha, 2009
Postado em 24 de maio de 2010, às 12h03

"Millenium" foi o nome dado por Stieg Larsson , escritor sueco, ao que seria uma série de dez livros. O primeiro volume foi um sucesso de público em todo o mundo, o segundo também. E foi triste ficar sabendo que, aos 50 anos, depois de entregar o terceiro volume ao editor, Larsson morreu de ataque cardíaco em 2004.
Volumoso, “Os homens que não amavam as mulheres” é um livro que se lê correndo, acompanhando a vida agitada e perigosa do jornalista Mikail Blomkvist que, no início da história, acaba de ser processado por uma reportagem envolvendo uma grande corporação, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, publicada na revista “Millenium” da qual é sócio.
Nesse momento ele é contratado para descobrir o paradeiro de uma mulher, desaparecida há 40 anos quando ela tinha 16 e que seu avô milionário crê que foi assassinada. E por um membro do clã familiar.
O filme, dirigido com eficiência pelo dinamarquês Opley, tem 152 minutos de duração e é bem fiel ao livro.
Quando Blomkvist (Michael Nyquist), um homem maduro mas atraente, vai até a cidadezinha sueca em uma ilha gélida com casinhas brancas pontuando uma paisagem verde pálida e encontra o chefe da família poderosa em sua mansão imponente mas austera, já estamos conquistados pelo mistério.
Mas a entrada em cena de uma garota magra, “piercings”e uma tatuagem de dragão em seu corpo nú esguio, faz o espectador ficar ainda mais atento.
Ela, Lisbeth Salander, (Noomi Rapace) , sempre de preto estilo “punk”, é a melhor coisa do filme. “Hacker”magistral, ela tem memória fotográfica e inteligência rápida. Frágil na aparência, o que a faz parecer indefesa, Lisbeth surpreende com sua pronta capacidade de assegurar a própria sobrevivência, já que conhece todos os truques das artes marciais.
Ela vai ajudar o jornalista no caso do mistério da mulher desaparecida e roubar a cena sempre.
Perversão sexual e ideologia nazista nas altas rodas suecas apimentam a história dessa investigação cheia de suspense e reviravoltas.
Como o segundo livro já virou filme também, “A menina que brincava com fogo” estréia em São Paulo no mês que vem.
Aconselho vocês a acompanhar esse primeiro capítulo para engatar no segundo que vai girar em torno a Lisbeth Salander, a orfã de passado nebuloso.
E façam isto antes que chegue por aqui a versão de Hollywood que já está sendo filmada. Prometo para vocês que os filmes suecos são sempre mais “sexy”.

4 comentários:

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  2. deboraganc@terra.com.br disse em 27/05/2010 11:09
    Excelente comentário. Gostei da escrita "sexy" seguindo a linha do filme. Confesso q. o triller me deixou com medo... Devo ler o livro antes de ver o filme? carinho sempre, Deby

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  3. alicecarta@alicecarta.com.br disse em 26/05/2010 11:15
    Ainda não vi, mas verei e depois poderei discutir com você, o livro não me agradou. Bjs, Alice Carta

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  4. sylviamanzano@uol.com.br disse em 25/05/2010 22:21
    Concordo totalmente: os filmes suecos são sempre mais sexy. Sp penso nisso qdo fico vendo novelas da Globo e me perguntado: será que sou só eu q não vê graça nenhuma nesses beijos de novela? É sp aquela coisa: um olha fixamente pro outro, vão se aproximando os rostos, vão se aproximando as bocas e pra mim, fica sp parecendo que estão com mais fome de comida mesmo do que de fazer sexo.

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