sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum


“Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum”- “Inside Llewyn Davis” Estados Unidos, 2013
Direção: Joel e Ethan Cohen

Estamos no começo dos anos 60 e Llweyn Davis (Oscar Isaac, ator e músico da Guatemala), um cantor sem emprego, procura  trabalho em Nova York.
Não tem um vintém e seu caso com Jean (Carey Mulligan), casada com o amigo dele, Jim Berkey (Justin Timberlake) não deu certo. Ela está grávida, com raiva dele e espera que pague pelo aborto.
Vivendo e morando de favor na casa de amigos, acorda um dia, atrapalha-se com a janela e o gato deles foge. O pobre e desesperado Llewlyn vai atrás mas o gato desaparece. O que dizer aos amigos?
Algum tempo depois parece que  recupera o bichano e agarra-se a ele mas uma carona com Roland, um tipo pavoroso, faz com que mesmo essa amizade felina tenha fim.
Sem um canto seu, sem emprego, sem amor e prestes a perder o apoio dos poucos amigos que o ajudam, a vida dele vai mal.
O filme dos irmãos Cohen retrata uma situação cruel. Por que o jovem cantor de música folk não consegue nada na vida? Será que esse é o seu destino ou é ele mesmo que não faz nada para se ajudar?
Ele é como um cão sem dono, à mercê da bondade ou maldade das pessoas. Ou como uma folha ao vento. E o pior é que o mundo em que ele vive tem pouca compaixão.
Triste e frustrante, o filme pinta um cenário quase que sem nenhuma esperança para o protagonista.
Ele parece que se esforça para dar certo mas a evidência dos fatos mostra o contrário. Mas não é que ele não tenha talento. Não tem sorte.
O fato é que Llewyn, que canta lindamente músicas tristes, está só porque seu parceiro de dupla saltou da ponte para a morte.
A depressão e o luto pesado pelo suicídio do parceiro levam Llewyn a uma sinistra e calada auto-destruição.
Um beco sem saída.
Provávelmente, o voo na ponte será também o seu fim.
O filme ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2013.
Nas indicações para o Oscar, “Inside Llewyn Davis” só aparece na lista dos melhores na fotografia e mixagem de som. Muito pouco para os Cohen, Joel, 59 anos e Ethan 56, que ganharam o Oscar de melhor filme e diretor em 2008 com “Onde os Fracos não tem Vez – No Country for Old Men” e também o de melhor roteiro adaptado.
Talvez a história triste e desencantada do músico dos anos 60 tenha assustado os senhores da Academia.

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