segunda-feira, 7 de maio de 2018

Em Algum Lugar do Passado




“Em Algum Lugar do Passado”- “Somewhere in Time”, Estados Unidos, 1980
Direção: Jeannot Szwarc

De tempos em tempos esse filme aparece na minha vida e todas as vezes eu assisto e me comovo.
É de 1980, época em que muitos da minha geração ainda sonhavam com o amor à primeira vista e eterno. Éramos muito românticos e o passar dos anos ensinou que o amor é mais difícil do que pensávamos e não cai pronto do céu.
Mas “Em Algum Lugar do Passado” continua a me atrair porque traz de novo aquela que eu fui e a minha esperança de que um pouco dela sobreviva em mim. Afinal, pensar que o amor existe e que pode ultrapassar as barreiras do tempo, é um ensinamento aprendido por quem já perdeu alguém que foi muito amado. Continua vivo em nós, nas lembranças, nos sonhos, nos devaneios. Não importa quanto tempo passe, esse amor permanece.
Pois bem, esse filme que não agradou à crítica da época, é hoje um “cult” e está em cartaz no Netflix. Além de falar de um amor eterno, é possível também fazer leituras interessantes sobre viagem no tempo sem máquinas estranhas, só com a mente e existem mesmo pessoas religiosas que acreditam que ocorreu ali uma prova de que a reencarnação existe.
Para mim, continua a ser um dos filmes mais românticos que eu já vi. Aquele rapaz bonito ( interpretado por Chistopher Reeves, que morreu tragicamente) sabia amar tão intensamente que sempre me leva às lágrimas.
Quando o filme começa em 1972 e o jovem dramaturgo se entusiasma com o sucesso de sua peça, vemos aproximar-se dele uma senhora idosa e elegante que dá a ele um relógio de bolso dizendo:
“- Volte para mim? ”
Quem é aquela desconhecida? Jane Seymour, que interpreta a atriz de sucesso, espera no começo do século que alguém que vai mudar a sua vida apareça.
E a trilha sonora do inspirado John Barry tem o tema do filme, que sempre reconhecemos quando ouvimos, além da “Rapsódia sobre um Tema de Paganini” de Sergei Rachmaninov, uma das mais belas e românticas composições, a preferida de Richard, o jovem dramaturgo, que toca numa caixinha de música e traz lembranças esquecidas.
Certamente vou ver “Em Algum Lugar do Passado” muitas vezes ainda.

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