quarta-feira, 29 de março de 2017

A Bela e a Fera


“A Bela e a Fera”-  “The Beauty and the Beast”- Estados Unidos, 2016
Direção: Bill Condon

Que alegria rever “A Bela e a Fera” depois do livro, do musical da Broadway, do desenho animado de 1991, todos com o tema sempre presente no imaginário popular. Desde criança conhecemos essa história e não nos cansamos dela.
O filme da Disney é tanto um presente para as meninas que só viram o desenho quanto para as mulheres maduras que já viram tudo. Porque o conto é universal. Ensina que o amor vê com os olhos do coração.
E o visual do filme é caprichado. Bill Condon, roteirista de “Chicago” de 2002 e diretor de “Dreamgirls” de 2006, entendeu que a história com o tema da beleza e da esquisitice, tinha que ter um visual que prendesse a atenção. Ou seja, tanto Aghata, a fada disfarçada de velhinha que vai amaldiçoar o príncipe por não ser compassivo, quanto a rosa que vai fenecer e trazer medo e castigo, quanto a Bela, diferente das outras moças da aldeia e a Fera que amará a Bela, tem que ter um “look” de chamar a atenção. E acertou. O filme enche nossos olhos.
O castelo amaldiçoado, as pessoas que viraram coisas que cantam, dançam e se lembram dos velhos tempos, são o ponto alto. A Sra Bule e seu filho, xícara travessa, o relógio, o candelabro Sr Lumière, a soprano cômoda e o piano maestro são verdadeiros achados na composição do vestuário e da coreografia.
Emma Watson, como a Bela, tem o poder de transformá-la numa garota menos fútil, mais normal e, ao mesmo tempo, mais sofisticada do que as outras Belas que conhecemos. Ela convence como a mocinha que tem empatia pelo sofrimento de outras pessoas e que não se deixa seduzir só pelos belos olhos e a adulação de um homem. Ela gosta de ler. E quer encontrar alguém que a compreenda. E que seja tão esquisito quanto ela é aos olhos do pessoal careta da aldeia.
Por falar nisso, o amigo do narcísico Gaston, M. Le Fou, pode se dar ao luxo de ser um tanto “gay”. Esse é o  diferencial da história contada aqui. Cada um como Deus o fez.
E as canções que conhecemos, criadas por Alan Menken e Howard Ashman, como as novas que foram criadas para o filme, fazem parte importante do espetáculo. Tem até um momento “Noviça Rebelde”, com a Bela no alto da colina.
Vá ver “A Bela e a Fera” e se encantar, como a menina sentada na minha frente no cinema que exclamou “Maravilhoso!”, quando o filme acabou. Tive vontade de fazer coro com ela! 

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