A Noite do OSCAR 2015
Foi um Oscar diferente. Mais descontraído, mais 
emocional, menos posado e mais natural. E muito mais original e criativo. 
O apresentador Neil Patrick Harris comportou-se bem. 
Ocupou menos lugar, fez menos piadinhas bobas e deixou que os atores, diretores, 
técnicos, fossem os donos do palco. Foi um espetáculo mais bonito, mais 
colorido, menos rígido mas não menos profissional que das outras vezes. 
O que ficou gravado para mim foi a emoção. A surpresa da 
noite foi Lady Gaga e Julie Andrews. Acho que todo mundo ficou com um nó na 
garganta e lágrimas nos olhos. Foi lindo os 50 anos da “Noviça Rebelde”, 
comemorados com alegria e admiração por Julie Andrews, que está iluminada como 
sempre e deu um abraço tão gostoso numa Lady Gaga que cantou ternamente as 
canções que foram dela.
A música de “Selma” e o discurso dos compositores também 
foi um ponto alto da noite, lembrando que a luta pelos direitos civis dos negros 
americanos ainda não acabou.
Graham Moore, que ganhou o Oscar de melhor roteiro 
adaptado para “O Jogo da Imitação”, fez uma confissão em seu discurso que tocou 
a plateia. Viam-se rostos emocionados com a fala de uma pessoa que um dia tentou 
tirar a própria vida e agora aconselhava aos jovens que tivessem esperança em 
dias melhores.
Até os prêmios esperados como o de Julianne Moore, 
melhor atriz, Patricia Arquette, melhor atriz coadjuvante e J.K. Simmons, melhor 
ator coadjuvante, cairam bem. Merecidos. Afinal, levaram todos os prêmios do 
ano.
Eddie Redmayne não era o favorito mas foi bom vê-lo 
ganhar o prêmio tão jovem ainda.
“Ida”, o filme polonês, ganhou melhor filme 
estrangeiro.O diretor Pawel Pawlikowski falou emocionado sobre a história ter 
elementos reais da vida da família dele. 
“O Grande Hotel Budapest” ganhou 4 Oscars: figurino, cabelo e maquiagem, trilha sonora original e design de produção. “Whiplash” 
ganhou 3: ator coadjuvante, montagem e mixagem de som. E "Boyhood" ficou com o de atriz coadjuvante.
E “Birdman” ganhou 4: melhor filme, diretor, roteiro 
original e fotografia. Os prêmios mais importantes para um filme fora dos 
padrões habituais de Hollywood, que reconheceu o mérito do mexicano Alejandro 
Iñárritu.
Foi uma noite prazeirosa para quem gosta de cinema e 
acompanhou os filmes que estavam excepcionais esse ano.
Ano que vem tem mais.


 
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