domingo, 22 de fevereiro de 2015

A Noite do Oscar 2015



A Noite do OSCAR 2015

Foi um Oscar diferente. Mais descontraído, mais emocional, menos posado e mais natural. E muito mais original e criativo.
O apresentador Neil Patrick Harris comportou-se bem. Ocupou menos lugar, fez menos piadinhas bobas e deixou que os atores, diretores, técnicos, fossem os donos do palco. Foi um espetáculo mais bonito, mais colorido, menos rígido mas não menos profissional que das outras vezes.
O que ficou gravado para mim foi a emoção. A surpresa da noite foi Lady Gaga e Julie Andrews. Acho que todo mundo ficou com um nó na garganta e lágrimas nos olhos. Foi lindo os 50 anos da “Noviça Rebelde”, comemorados com alegria e admiração por Julie Andrews, que está iluminada como sempre e deu um abraço tão gostoso numa Lady Gaga que cantou ternamente as canções que foram dela.
A música de “Selma” e o discurso dos compositores também foi um ponto alto da noite, lembrando que a luta pelos direitos civis dos negros americanos ainda não acabou.
Graham Moore, que ganhou o Oscar de melhor roteiro adaptado para “O Jogo da Imitação”, fez uma confissão em seu discurso que tocou a plateia. Viam-se rostos emocionados com a fala de uma pessoa que um dia tentou tirar a própria vida e agora aconselhava aos jovens que tivessem esperança em dias melhores.
Até os prêmios esperados como o de Julianne Moore, melhor atriz, Patricia Arquette, melhor atriz coadjuvante e J.K. Simmons, melhor ator coadjuvante, cairam bem. Merecidos. Afinal, levaram todos os prêmios do ano.
Eddie Redmayne não era o favorito mas foi bom vê-lo ganhar o prêmio tão jovem ainda.
“Ida”, o filme polonês, ganhou melhor filme estrangeiro.O diretor Pawel Pawlikowski falou emocionado sobre a história ter elementos reais da vida da família dele.
“O Grande Hotel Budapest” ganhou 4 Oscars: figurino, cabelo e maquiagem, trilha sonora original e design de produção. “Whiplash” ganhou 3: ator coadjuvante, montagem e mixagem de som. E "Boyhood" ficou com o de atriz coadjuvante.
E “Birdman” ganhou 4: melhor filme, diretor, roteiro original e fotografia. Os prêmios mais importantes para um filme fora dos padrões habituais de Hollywood, que reconheceu o mérito do mexicano Alejandro Iñárritu.
Foi uma noite prazeirosa para quem gosta de cinema e acompanhou os filmes que estavam excepcionais esse ano.
Ano que vem tem mais.

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