segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Preço do Amanhã



“O Preço do Amanhã”- “In Time”, Estados Unidos, 2011

Direção: Andrew Niccol



Dizem que tempo é dinheiro. Pois em “O Preço do Amanhã”, “triller” de ficção científica, é isso mesmo. Ao pé da letra.

Nesse mundo do futuro, uma idéia original. Ninguém passa dos 25 anos. Todos aparentam essa idade. Ótimo, não é mesmo? Mas a aparência juvenil custa caro. Ou seja, a partir dos 25 anos, quem não tiver tempo comprado, ganho com o seu trabalho ou roubado de alguém, morre. Os que tem tempo de sobra, os multimilionários, podem viver séculos, para sempre, com corpinho e cara de criança. Os outros…

Nesse mundo, tão injusto quanto o nosso, o tempo/dinheiro leva à divisão de classes. Os pobres vivem nos guetos e são explorados pelos ricos, que vivem em bairros luxuosos. Existem zonas de tempo e não se pode passar por esses pedágios sem pagar caro.

Nos antebraços das pessoas vemos números verdes que brilham. É um relógio que marca o tempo que a pessoa tem. O número diminue se alguém gasta o tempo e aumenta se ganha ou rouba o tempo de alguém.

É um mundo perigoso, no qual se vive para ganhar tempo. Correr é um hábito que denuncia gente pobre que não tem tempo a perder.

Gangues à cata de incautos amedrontam as pessoas dos guetos, sempre à espreita de uma ocasião para roubar tempo.

Os “Timekeepers” são a polícia do tempo e, o chefe deles (Cillian Murphy) leva muito a sério o seu papel de controlar a “commoditie” mais preciosa de seu mundo.

Só se vive bem em “New Greenwitch”, onde as mulheres, todas jovens e belas, se vestem de preto, branco ou dourado (figurinos da oscarizada Colleen Atwood) e os homens desfilam ternos impecáveis. Todo mundo cercado de seguranças.

Após algumas peripécias, um par romântico tipo Romeu e Julieta vai se formar. Will Salas (o cantor Justin Timberlake), um operário, vai encontrar uma mocinha rica e entediada, Sylvia (Amanda Seyfried de “Mamma Mia!” e “O Preço da Traição”). Os dois incorporam um Robin Hood e Lady Marianne e até mesmo a dupla Bonnie and Clyde.

“O Preço do Amanhã” , do diretor neozelandês Andrew Niccol, tem um roteiro bem amarrado em torno à idéia principal que é a de ganhar tempo. E prende a atenção do espectador. Mas, a dupla romântica parece não ter a química ideal e os momentos que deveriam ser os mais intensos do filme, são bem mornos. À exceção da mãe de Will, interpretada com sentimento por Olivia Wilde. O abraço final dos dois fica na nossa lembrança.

Vá ver “O Preço do Amanhã” nos cinemas se tiver mais de duas horas do seu tempo. Se for precioso, pense duas vêzes e espere o DVD.

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