quinta-feira, 21 de julho de 2016

Life - Um Retrato de James Dean


“Life – Um Retrato de James Dean”- “Life”, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Austrália, 2015
Direção: Anton Corbijn

Ele é uma lenda do cinema.
Morreu jovem (1931-1955), com 24 anos. Não sabemos se o acidente de carro foi um suicídio ou pura fatalidade. Envolveu-se com mulheres mas não viveu nenhum romance duradouro. Houve boatos sobre sua sexualidade.
Na época, ele era a imagem de um rebelde, um jovem desajustado, como o personagem de seu filme “Rebelde sem Causa” de 1955, ano em que morreu e em que foi lançado também “Vidas Amargas”, adaptação do livro de John Steinbeck.
Seu terceiro filme, “Assim Caminha a Humanidade - Giant”, lançado em 1956, depois de sua morte, tornou-o o único ator de sua época a ganhar uma indicação ao Oscar depois de morto.
“Life” não procura saber mais do que já conhecemos um pouco. É um filme que tenta mostrar um episódio de sua vida, antes da fama, quase de bastidores, mas que teve enorme importância na construção do mito em torno de James Dean. E aconteceu por causa da teimosia de outro jovem.
Quando o fotógrafo “freelance” Dennis Stock (Robert Pattinson) oferece à revista “Life”, famosa e respeitada por suas fotos originais e reveladoras da personalidade do fotografado, um ensaio sobre James Dean, estamos testemunhando o começo da lenda em torno ao ator.
Stock, que tinha família para alimentar, não desiste desse projeto, nem quando o mais interessado nele, o próprio James Dean, pouco se importa com as fotos.
Dane DeHaan, é um James Dean que soa mais como um personagem sombrio construído pelo ator, com uma fala extremamente arrastada e hesitante. Sem o charme infantil de Jimmy, como era chamado.
Ben Kingsley, sempre um ator notável, é o único que passa algo vivo e real como Jack Warner, o poderoso dono do estúdio que contrata James Dean, relapso em suas obrigações contratuais.
Há algo muito destrutivo nessa não colaboração com quem dá a ele a oportunidade de tornar-se o ídolo que ele queria ser. Ou não queria?
E o filme do diretor holandês Anton Corbijn parece que não tem, ou não conseguiu, mostrar nada que acrescentasse algo à história de um ator famoso mas que hoje em dia mereceria um filme que destrinchasse mais sua ambiguidade e conflitos.
Talvez os fãs que se lembram de James Dean, que viram seus filmes, gostem de ver esse porque sabem como vai evoluir aquela história

Os outros vão achar o filme lento e ficar com uma impressão errada ou vaga sobre o ator.

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