sábado, 7 de julho de 2012

O Espetacular Homem Aranha




“O Espetacular Homem Aranha”- “The Amazing Spider Man”, Estados Unidos, 2012

Direção: Mark Webb


“Quem sou eu?”

Essa é a pergunta que Peter Parker se faz desde aquela noite triste e inesquecível. O escritório do pai cientista vandalizado, ele recolhendo papéis de um lugar secreto, apagando seus últimos cálculos da lousa e, com o filho e sua mãe assustada, deixando a casa às pressas.

Na casa do tio Ben e da tia Amy, aquelas palavras difíceis de ouvir:

“Você vai ficar aqui. Comporte-se meu filho.”

E ele nunca mais viu seu pai e sua mãe. Tinha pouco mais de 6 anos.

Cresceu tímido mas uma qualidade o distinguia dos outros meninos do colégio. Ele sempre protegia os mais fracos.

E foi assim que se aproximou de Gwen. Depois daquela briga com Flash, o garoto atrevido que liderava a turma da baderna, zoneando um garoto menor que eles.

Sempre com seu skate a tiracolo e a máquina fotográfica , Peter Parker (Andrew Garfield, convincente e comovente) se encanta com aquela mocinha bela, simpática e segura de si (Emma Stone), que o olha com seus olhos azuis sorridentes.

Como vocês podem ver, a história do Homem Aranha é contada agora de um modo diferente da versão de 2002.

O que vai ser o foco da trama é a procura de si mesmo. “O quem sou eu” é a pergunta que Peter Parker vive se fazendo, antes mesmo de ser mordido pela famosa aranha e desenvolver características de força e equilíbrio aracnídeos.

Ele é um garoto bom, tem princípios e não se conforma com a perseguição da policia e a ideia de ser um criminoso. Ele se vê como sempre foi: um vigilante do bem.

Obedecer ao pai desaparecido, exercer a responsabilidade de que ele tanto falava, mantinha o pai vivo em sua mente, fiel à promessa que fizera a ele.

Apesar do carinho do tio Ben (Martin Sheen, ótimo) e da tia Amy (Sally Fields), ele não se cansa de procurar investigar porque o pai desapareceu.

Quem o escuta e aconselha é Gwen, que ele visita entrando pela janela do seu quarto.

O passeio noturno através das luzes de Nova Iorque no balanço das teias que o Aranha vai tecendo, embala os dois num doce romance, criado pelo diretor Mark Webb, em seu segundo longa. Quem já viu “500 Dias com Ela”- “(500) Days of Summer” de 2009, sabe que para Webb a adolescência é o lugar privilegiado do romance e da busca de identidade.

E são essas características que fazem o personagem dos quadrinhos se tornar simpático para as plateias e por isso estar batendo recordes de bilheteria por onde passa. Afinal ele é o único super-heroi que é humano, jovem e romântico. A aranha só dá mais charme e força ao garoto.

As lutas do final do filme agradam a quem gosta de ação e o 3D é usado para dar um frio na barriga da gente cada vez que ele dá um pulo no escuro.

Não percam a cena surpresa final, depois dos créditos, onde se pode adivinhar que, na sequência, grandes desafios esperam o Homem Aranha que tem verdadeira adoração pelo pai desaparecido.

O filme é um espetáculo mesmo para quem não tem especial predileção por filmes de super-herois.

O Homem Aranha comove. E isso é uma novidade bem-vinda nesse gênero de filme.

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