Direção: Harald
Zwart
Se você é uma jovem ou um
jovem ligado em livros, deve ter ouvido falar dessa nova saga que empolga a
turma que gosta de aventuras, mistérios, mundos paralelos e
romance.
Cassandra Clare, a autora
dos seis livros, que começaram a ser traduzidos no Brasil em 2010, sabe do que
essa galera gosta. Aberta a lacuna com o fim dos livros e filmes do bruxinho
Harry Potter e também dos vampiros de “Crepúsculo”, abram alas para Clary, que
vive em Nova Iorque e descobre um mundo oculto, com muitos sustos e figuras
sinistras.
Ela (Lily Collins, a
Branca de Neve de “Espelho, Espelho Meu”) é bonita, morena de pele muito clara,
ajuizada e mora com a mãe. No dia de seu aniversário, programa ir a uma leitura
de poemas com os amigos e depois para uma boate, dançar e
comemorar.
Mas, mal sabe ela, que
naquela noite, sua vida vai mudar, radicalmente.
Presságios, como o
símbolo que aparece para ela, insistentemente, no bloco do telefone, no
capuccino, na porta da boate, numa escrita que ela não entende, antecedem ao
assassinato que Clary presencia mas que, estranhamente, envolve garotos que só
ela vê.
O que está acontecendo? O
amigo Simon (Robert Sheeham) pensa que ela tomou alguma droga. A própria Clary
desconfia da sua sanidade. Chamar a polícia como? Se o corpo
desapareceu?
Em casa, a mãe (Lena
Hadey) e seu companheiro, parecem preocupados com ela. Há algo que ela precisa
saber.
“- Você tem que falar com
ela.”
“- Ela ainda não está
pronta”, responde a mãe.
E, no dia seguinte, uma
surpresa espantosa assusta Clary. Seu quarto está forrado com papéis com aquele
estranho símbolo. Ela põe alguns na mochila e sai correndo para mostrar para
Simon.
A mãe, que queria falar
com a filha, não a encontra mas fica impactada com aquele quarto repleto de
símbolos que parece que ela conhece.
E a história vai seguir,
porque a mãe de Clary é sequestrada por tipos estranhos e ela, corajosamente sai
à sua procura.
Caçadores de Sombras,
demônios e anjos, lobisomens e vampiros. Esse é o mundo oculto de “Cidade dos
Ossos” que me fez lembrar de “As Brumas de Avalon”, da saga do Rei Arthur e os
Cavaleiros da Távola Redonda, onde as mulheres também eram corajosas e
poderosas.
Os temas, no subtexto de
“Cidade dos Ossos”, são conhecidos de todos que lidam com adolescentes. Assim
temos a procura da identidade, descoberta do sexo, medo, insegurança,
idealização e tentação com drogas.
O filme prende a atenção
não só de adolescentes. Bem feito e sem a crueldade explícita, empapada de
sangue, como é o habitual, diverte com a imaginação e as lutas entre os
Caçadores, ajudados por lobisomens, contra a legião de demônios, que é
imensa.
Jonathan Rhys Meyers (de
“Tudors”) e Jared Hamis, que são figuras/chave da trama, vivem com muita garra
seus personagens, acrescentando o elemento desconhecido masculino à vida de
Clary.
Se você é fã da saga nos
livros, não perca. Se ainda não é, descubra.
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