Direção: J.J.
Abrams
Para quem só tinha visto
Star Trek na TV dos anos 60, esse “Além da Escuridão – Star Trek” é uma surpresa
e tanto.
Tudo já começa em ritmo
vertiginoso, com a trilha sonora tonitruante de Michael Giacchino e seres
brancos/giz, vestidos de panos amarelos, correndo atrás do comandante da
Enterprise, numa floresta vermelha, antes mesmo dos créditos iniciais do
filme.
E, sem que se possa
imaginar onde estamos, um vulcão alarmante parece que vai decretar o fim daquele
mundo. Mas aí, o bom e velho Spock (Zachary Quinto) está dentro do vulcão e,
claro, consegue acalmá-lo no último segundo, com uma máquina de altíssima
tecnologia e eficiência.
E como ele vai conseguir
sair dalí? Perguntamos nós, aflitos.
E é nesse momento que
reconhecemos, lá no fundo de nossa memória de criança, aquilo que mais atraia na
série em preto e branco da televisão americana: o espírito de equipe, a
solidariedade entre os membros da tripulação da Enterprise, de diferentes raças
e até mesmo espécies de outros planetas.
A amizade do capitão Kirk
(agora o bonitão Chris Pine) pelo alienígena de orelhas pontudas e franjinha,
vai faze-lo quebrar outra vez as regras rígidas da Federação e por isso vai
perder sua nave.
Mas há reviravoltas e,
quando a própria Federação tem que enfrentar a ameaça de atos terroristas do
terrível vilão super-homem John Harrison (o ótimo Benedict Cumberbatch), nosso
comandante volta à ativa e tudo terá proporções que nós, crianças dos anos 60,
nem ousávamos imaginar.
E a conhecida
solidariedade e amizade entre os tripulantes da nave vai brilhar mais uma vez. O
piloto japonês Sulu (John Cho), a bela Uhura (Zoe Saldana), especialista em
línguas, McCoy (Karl Urban), o médico humanista, Chekov (Anton Yelchin), o russo
que entende tudo sobre a nave e Scotty (Simon Pegg), o brilhante engenheiro
escocês, vão passar por poucas e boas, numa Enterprise muito maior, onde os
vemos correndo e se socorrendo uns aos outros, nas escadas e pontes suspensas
quando falha a estabilidade da nave.
O filme é emocionante,
divertido, com um roteiro eficiente e uma produção de arte com boa imaginação.
Ainda bem que não mexeram muito no visual dos uniformes da Enterprise. Fortalece
o elo afetivo com os personagens que conhecemos desde criança.
A mocinha Carol (Alice
Eve), que é nova na história, apesar de uma cena breve em lingerie, não empolga,
mas é bonitinha e tudo indica que vai namorar o capitão Kirk.
Bem, tenho que
acrescentar que assisti ao filme num cinema que é um aliado importante nas
emoções do novo Star Trek. O Cinépolis Iguatemi JK em 4D faz a gente participar
das aventuras quase como se estivéssemos na tela. Ouvem-se gritos e risadas e há
bons sustos. Recomendo.
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