“Orgulho e Preconceito”- “Pride and Prejudice”, Inglaterra,
2005
Direção: Joe Wright
Um dos romances mais famosos da literatura inglesa, “Orgulho
e Preconceito” já foi tema de vários filmes para o cinema e a televisão.
Publicado em 1813, foi escrito por Jane Austen (1775-1817) que nasceu em
Hampshire, Inglaterra, caçula de oito filhos de uma família tradicional.
Dessa vez, o diretor estreante no cinema, Joe Wright, conduz
com elegância a história de Elizabeth Bennet, a Lizzie e seu romance complicado
com o Sr Darcy, um nobre e rico cavalheiro, além de tudo bem apessoado. Mas
que, aliás, começa mal, por conta da arrogância dele que rejeita num baile o
convite de Lizzie para dançar. Ela fica furiosa e, mais ainda, ao escutar por
acaso que Darcy não a considera atraente e julga mal sua família sem requintes.
Os Bennet (Donald Shutherland, ótimo e Brenda Blethin,
divertida) realmente não tem posses suficientes para dar uma educação
aristocrática às cinco filhas. Assim, a preocupação em casar bem as meninas
movimenta a trama das garotas e sua mãe, sempre de olho nas oportunidades de conhecer
bons partidos.
Essa era a maneira com que se educavam as mulheres no fim do
século XVIII, quando se passa a história. Se uma moça não se casasse, ela seria
um fardo para a família e teria uma vida bem triste.
Mas Lizzie (Keira Knightley), a segunda filha dos Bennet
sonha com um casamento por amor e não por interesse. Porém duvida que isso
aconteça com ela, apesar de ser inteligente, independente e bonita. Não tanto
porém como a irmã mais velha, Jane (Rosamund Pike), que logo atrai a atenção do
nobre recém chegado no condado, dono da mansão mais bonita do lugar, o Sr
Bingley (Simon Woods), amigo do Sr Darcy (Mattew Macfadyen).
Claro que Lizzie e Darcy vão acabar juntos mas as
reviravoltas que eles vivem movimentam a história e prendem o espectador.
Keira Knightley foi indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro e
faz o papel com graça, humor e uma irreverência polida, além de estar
particularmente bela, iluminada pelo magnífico cenário do campo inglês.
A direção de arte é detalhista e recria os ambientes do
século XVIII como só os ingleses sabem fazer. A trilha sonora de Dario
Marianelli usa com inspiração o piano para pontuar e realçar os sentimentos dos
personagens.
“Orgulho e Preconceito” é um filme delicioso e romântico na
medida certa, sem os exageros adocicados que poriam tudo a perder.
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