Globo de Ouro 2017
Na noite da 74ª edição do prêmio mais
descontraído do cinema, já que tudo ocorre durante um jantar onde se come e bebe
durante a cerimônia, tudo aconteceu como devia.
Ou seja, o preferido nas indicações ganhou
todos os 7 prêmios aos quais concorria. “La La Land” cumpriu bem essa aura que
acompanha o filme. Uns odeiam, outros
amam. Ganharam os últimos. E eu junto.
Quando vi o filme alguns dias atrás, amigos se
dividiram. E eu, atordoada com o fim do filme, demorei para sair do encantamento
nada passivo que o filme inspira. E aí entendi que tinha adorado
tudo!
Ryan Gosling e Emma Stone fazem o par perfeito.
Dançando de uma maneira descontraída mas elegante. Lembram Fred Astaire e Cid Charize. Mas não imitando.
Criando essa semelhança como uma ponte entre o passado e o presente. Tudo que é
bonito e artístico é eterno. Isso que eles passam.
E o diretor de 31 anos que já tinha chamado a
atenção com “Whiplash” no ano passado, confirma seu gênio. Ganhou melhor direção
e melhor roteiro. E se consagrou como alguém que faz coisas originais com
excelente acabamento. Seja do roteiro com uma história romântica mas contida,
dos atores que ele escolhe e dirige, seja da música original (“City of Stars”, a
canção que todo mundo sai assobiando do cinema)), seja das coreografias,
cenários, figurinos. Uma obra redonda, sem arestas. Nada é demais ou de menos.
Vamos ver a batalha se repetir no Oscar?
Com não sou de ver séries, porque me tirariam
do cinema, sempre vejo uma única. E acertei. “The Crown” ganhou melhor série
drama e Claire Foy que faz a rainha Elizabeth II, o de melhor atriz. Bem
acabada, com interpretações preciosas, relembra a história que se passou no
século XX quando eu era menina, deslumbrada com aquela coroação em preto e
branco na TV.
E melhor filme estrangeiro só poderia mesmo ser
“Elle”, acompanhado do prêmio de melhor atriz de drama para Isabelle Huppert,
linda e sem esconder a surpresa nem a felicidade.
Melhor ator de drama melhor que Casey Affleck
em “Manchester à Beira Mar” não tinha. Levou o prêmio merecidíssimo.
E para mim, o fecho de ouro foi a eterna melhor
atriz, Meryl Streep. Apresentada com palavras emocionadas de Viola Davis, prêmio
de melhor atriz coadjuvante por “Fences”, foi o prólogo exato para o que veio a
seguir.
Que discurso valente! Não citou nomes e nem
precisava. E a repercussão foi mundial. Depois então que a resposta foi o máximo
da deselegância e do machismo... Alguém perdeu uma boa oportunidade de ficar
calado.
Bem, o “red carpet” foi divertido como sempre e
eu fiquei comentando ao vivo com minhas amigas do Face.
Fui dormir feliz e querendo sonhar com a dança
nas estrelas de Ryan e Emma!
Que venha o Oscar!
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