“007 Contra Spectre”- “Spectre”, Reino Unido, Estados
Unidos, 2015
Direção: Sam Mendes
Desde 1962, James Bond, então na pele do atraente Sean
Connery, seduz multidões que vão ao cinema vê-lo lutar contra homens maus e
transar com mulheres bonitas.
O agente secreto inglês, que tem licença para matar, já
foi visto em 24 filmes da franquia bilionária, interpretado por cinco atores.
Daniel Craig é o último.
No novo filme, a sequência inicial é espetacular e se
passa na Cidade do México, no Dia dos Mortos, com uma multidão trajando
caveiras, coveiros, santeiros, noivas da morte e onde Bond, ao lado de uma bela
mulher, ambos mascarados, entram num hotel antigo em festa, só para ele despir
seu terno pintado com a caveira e aparecer, arma na mão, atrás da Spectre,
organização criminosa global.
Ele escala a fachada, pula para outro prédio, ouve uma
conversa, explode o prédio que cai em cima dele e, sem um pingo de poeira, volta
à multidão, perseguindo um italiano que luta com ele num helicóptero que pousa
na praça e decola levando os dois.
Uma frase apareceu na tela : “Os mortos estão vivos”,
numa alusão ao passado de James Bond, que virá à tona.
A italiana Monica Bellucci e a francesa Léa Seydoux são
as belas da vez, a primeira numa ponta e a outra reservando surpresas para o
agente secreto, filha de um inimigo dele, que parece que vai ganhar o coração de
Bond , famoso por trocar de parceiras com a maior facilidade e frieza, sem se
envolver com nenhuma. Bem, houve Vesper Lynd (Eva Green) em “Cassino Royale”,
citada no filme em uma fita VHS antiga.
M (agora Ralph Fiennes), o chefe do agente 007, aparece
mais dessa vez e se envolve na história, assim como Q (Ben Whishaw), o inventor
das engenhosas armas secretas de Bond e Moneypenny (Naomi Harris). Até a
falecida M, Judy Dench, aparece numa mensagem para
Bond.
O vilão, interpretado por Christoph Waltz, é sádico e
tem mais intimidade com James Bond do que poderíamos pensar, lembrando um Caim
pós-moderno, que afirma que ele é o responsável “por toda a dor” do nosso
herói.
As locações vão mundo afora, começando pelo México,
depois Londres, Roma, lagos e montanhas nevadas na Áustria e Tanger no Marrocos,
onde as perseguições em carros rivalizam com Bond pilotando helicópteros e
aviões a hélices. Tudo isso ao som da estrondosa trilha sonora de Thomas
Newman.
Sam Mendes, o diretor, entrega ao público um filme com
um bom suspense, pitadas de humor e muito bem
executado.
Daniel Craig está afinado com o personagem e deixa rolar
uma química romântica com a bela e talentosa Léa Seydoux, a dra Madeleine
Swan.
Será que a cena final é uma promessa de um 25º filme com
James Bond apaixonado e feliz?
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