“O Que os Homens Falam”- “Una Pistola em Cada Mano”,
Espanha, 2012
Direção: Cesc Gay
A música que acompanha as primeiras imagens do filme
lembra os faroestes italianos. Ironia, porque os homens de “Una Pistola en Cada
Mano” estão longe do esterótipo do machão, à John
Wayne.
Oito homens vão se encontrar e viver pequenas histórias
que revelam, principalmente, fragilidades humanas.
O diretor catalão Cesc Gay, que também escreveu o
roteiro, conta as histórias de maneira divertida mas não esconde os medos,
ansiedades e decepções por que passam seus personagens.
Os dois primeiros esbarram por acaso. Não se vêem há
muito tempo mas já foram amigos. Um deles (Leonardo Sbaraglia) sai de uma sessão
de terapia e encontra o antigo amigo (Eduard Fernández) que procura um advogado
para o seu divórcio. Há um clima de solidariedade e afeto entre eles e o que tem
mais, vai ajudar o que tem menos.
Outro homem (Javier Cámara) leva o filho para passear
mas só pensa em voltar para a mãe dele, apesar de ter sido ele quem se apaixonou
por outra. Arrependido tarde demais?
No banco de um parque, o argentino Ricardo Darín é o
homem que vigia um prédio de apartamentos onde desconfia que sua mulher o trai
com o amante. O conhecido que passeia com o cachorro da ex (Luis Tosar),
senta-se ao lado dele para ouvir seus lamentos.
E um conquistador egoista (Eduardo Noriega), não sabe o
que o espera quando paquera sua colega de trabalho.
Maria (Leonor Watling) leva o marido de uma amiga
(Alberto San Juan) em seu táxi, para uma festa onde todos vão se encontrar. No
caminho eles conversam e ele fica sabendo das intimidades dela e seu
marido.
A caminho da festa, Sara encontra por acaso um amigo
(Jordi Mollà) e abre-se em confidências sobre o seu
casamento.
Todos experimentam a dor de uma traição ou ainda vão
conhecê-la.
Os amores do nosso tempo, com pequenas diferenças de
casal para casal, sofrem as dificuldades do viver contemporâneo. “O Que os
Homens Falam” trata disso com muito humor e
inteligência.
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