Direção: Luc
Besson
Um susto. O frio
assassinato de uma família. Estranhamente, o assassino, de terno e chapéu
marrons, corta o polegar do pai morto. Por que?
“- Quanto vale a vida de
um homem? Eu valho 20 mil. Daria tudo para ter a minha vida de volta”, diz em
“off” uma voz conhecida.
E a cena mostra Robert De
Niro, o dono da voz e Michelle Pfeiffer, que continua bela, com os filhos, um
menino de 14 anos (John D’Leo), uma mocinha de 17 (a linda Dianna Abron) e o
pastor alemão, Malavita, que chegam de carro, furtivamente, à noite, numa
cidadezinha da Normandia, norte da França.
Procuram uma casa sem
número.
E logo entramos no clima
do filme que não é de tragédia mas de farsa.
Claro que erraram de
família na primeira cena. Essa aqui é a que está condenada a morrer. Mas o que
será que fizeram para merecer tal sorte?
Luc Besson, 54 anos (“Big
Blue - A Imensidão Azul”1988, “Nikita”1990, “O Quinto Elemento”1997, “The
Lady”2011), diretor e co-roteirista do
filme “A Família”, associou-se a ninguém menos que Martin Scorsese, 70 anos
(“Hugo Cabret”2011, “Taxi Driver”1976, “Goodfellas - Os Bons Companheiros”1990,
“A Ilha do Medo”2010), que é o produtor e resolveram brincar com a ideia do
livro de Tonino Benacquista, “Malavita”: uma família de gansgsters americana tem
que viver na França, às custas do programa de proteção a testemunhas, do governo
americano.
Giovanni Manzoni, o pai,
delatou a “família” da máfia de Nova Iorque à qual pertencia e agora tem a
cabeça dele e de toda a sua própria família, a prêmio.
O agente do FBI que os
protege é Tommy Lee Jones, irritadíssimo, porque os problemas que a família cria
por onde passa, faz com que tenham que ser relocados sempre.
E, em se tratando de
mafiosos, em tom de humor negro, vemos todos daquela família usar de violência
extrema para resolver questões de toda ordem, no dia a dia. Aqui, cai como uma
luva o ditado “filho de peixe, peixinho é”. Ái de quem irrita alguém da família
“Blake”...
A convivência forçada,
dos franceses com a família mafiosa disfarçada, é também pretexto para mostrar
tanto o esnobismo dos franceses quanto a arrogância dos
americanos.
Robert De Niro que atuou
em tantos filmes sobre a máfia, está ótimo no papel e faz rir sem esforço. A
cena na cinemateca, em que ele tem que explicar como alguém se torna um gangster
para a plateia embasbacada, é hilária.
Aliás, todos estão muito
bem no filme, que é divertido, apesar de não ser, e nem ter a pretensão de ser,
um grande filme.
Nenhum comentário:
Postar um comentário