quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Malévola: Dona do Mal



“Malévola: Dona do Mal”- “Maleficent: Mistress of Evil”, Estados Unidos, 2019
Direção: Joaquin Ronning

Durante o tempo longo em que assisti “Malévola: Dona do Mal”, me deu muitas saudades do primeiro filme de 2014. Nele, Angelina Jolie era o centro das atenções e dona da tela. O reino dos Moors com seus encantos era solar, colorido e engraçado. Aurora, a rainha benfazeja. Era um filme feminino, de emoções delicadas.
Essa sequência, também dos estúdios Disney, ao contrário, é masculina, noturna e fria. As emoções são raivosas e aguerridas. A mulher aqui, representada pela rainha Ingrith, é falsa e segue o modelo de destruir para conquistar.
Elle Fanning repete o papel de Aurora, criada pela madrinha Malévola e vive no reino dos Moors. O príncipe (Harris Dickinson) continua apaixonado e quer casar com ela.
Mas o foco da história está na sogra de Aurora, a mãe do príncipe, a nova vilã, que ocupa mais espaço do que Malévola. Michelle Pfeiffer, toda de branco e pérolas, outras vezes de branco e diamantes, é má e ardilosa. Seu intuito secreto é acabar com as criaturinhas do reino dos Moors e, principalmente, derrotar Malévola.
Para isso, traça planos complexos e é ajudada por uma assistente antipática de cabelos cor de fogo e um duende sinistro que habita um porão escuro e tenebroso. A passagem secreta da rainha para esse mundo da maldade, onde se urdem artefatos mortais, é pelo “closet” dela, onde brilham seus vestidos. Mas ela está mais preocupada em destruição do que em ser bela.
Malévola, na pele de Angelina Jolie, continua sendo uma figura que parece ser do mal mas que nunca foi. Seus chifres de Ibex (uma cabra que vive no Himalaia) e asas negras de grifo (uma ave mitológica) são iluminados por olhos verdes sedutores e uma boca vermelha bem delineada. Mas ela não é de risadinhas tolas. Tem até que ensaiar o sorriso que vai usar no jantar no castelo de Ingrith, já que não gosta dessa ideia.
Dessa vez Malévola visita o reino dos seres alados parecidos com ela. E que também vão enfrentar as hostes inimigas da rainha Ingrith.
Mas onde está a magia? Só os pós vermelhos da bruxa de branco ganham destaque na parte final, que  transforma tudo num filme de ação repetitivo. Guerras e lutas já vistas.
Ora... ora..., como diria Malévola, quando vamos voltar à imaginação e ao esplendor dos contos de fada? Talvez no Malévola 3?

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