sábado, 25 de maio de 2019

Tolkien



“Tolkien”- Idem, Reino Unido, 2018
Direção: Dome Karukoski

Quem leu “O Senhor dos Anéis”, maravilhou-se com a criatividade desse escritor que imaginou mundos à parte, seus habitantes e suas histórias. Há magia em tudo que John Ronald Reuel Tolkien (1892-1973) escreveu.
O filme mostra como, tendo perdido o pai muito cedo, a influência da mãe Mabel (Laura Donnelly) foi forte na construção de sua imaginação e no gosto pelos dragões, pelo escuro da floresta e o brilho de tesouros escondidos.
Depois, menino ainda, vemos ele brincando com os  outros meninos, usando armas de madeira e entoando gritos de guerra.
E nessa idade, um acontecimento trágico. Aquela que convidava para beijar as árvores morre, deixando os dois filhos órfãos, sob a tutela do padre Frances Morgan (Colm Meaney).
Mais tarde Oxford, vivido por Nicholas Hoult, apesar de órfão e sem dinheiro, dependendo de bolsas para continuar seus estudos.
E lá acontece a confraria dos quatro amigos, interessados em mudar o mundo através da arte. Robert Gilson, Geoffrey Smith, Chistopher Wiseman e Tolkien aprendem o que é a verdadeira amizade, a fraternidade.
É também nessa época que ele conhece Edith Bratt (Lily Collins), o amor e a companheira de sua vida.
Mas “a guerra das guerras”, aquela que iria acabar com todas as guerras, é um pesadelo para Tolkien, que cai doente com a “febre das trincheiras” e não consegue salvar seu amigo Jeff, que vê morrer com uma granada.
O filme mostra cenas brutais, mas também de uma poesia dura, de uma guerra sem piedade. Corpo a corpo. Explosões que matam. Fogo que tudo destrói. Água negra e pestilenta das trincheiras. Cavalos relinchando amedrontados. Morte por toda parte.
Traumatizado pelos horrores que viveu, Tolkien só consegue escrever as primeiras linhas da história da Terra Média quando tem seus próprios filhos e Edith a seu lado: “Era uma vez algo que vivia num buraco no chão...”
“- O hobbit...” diz Tolkien. O livro será publicado em 1937.
É nessas histórias que vão aparecer os idiomas que ele inventara em Oxford, na verdade desde criança encantado que foi por vários idiomas. Até que criou linguagens novas e mágicas.
Tolkein foi um gênio criativo. Suas histórias fascinam gerações de crianças e adolescentes, nas quais ele semeia o poder da fantasia e da imaginação, grandes armas para a sobrevivência frente às dificuldades da vida.

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