“O Retorno de Mary Popkins” - “Mary Popkins Return”, Estados
Unidos, 2018
Direção Rob Marshall
Talvez não seja um filme para as crianças de hoje em dia.
Mas certamente continua encantando uma geração que viu o original com Julie
Andrews, em 1964, no papel da babá mágica e com espirito de aventura, que
rendeu à atriz seu primeiro Oscar.
Quanto precisamos agora dessa mensagem de esperança, de que
tudo é possível e de que as perdas não são aquilo que pensamos quando estamos
deprimidos, mas a oportunidade de procurar as coisas perdidas no nosso coração.
A história se passa em Londres, durante o período da Grande
Depressão, anos 30, no qual uma família está a um passo de perder a casa onde
moram na rua das Cerejeiras.
Bem Wishaw é Michael Banks, viúvo recente e pai de três
crianças, deprimido e endividado. Seus filhos, Annabel (Dixie Davis), John
(Nathanael Saleh) e Georgie (Joel Walters), também sentem a falta da mãe,
embora tenham a tia Jane (Emily Mortimer), irmã do pai e Ellen (Julie Waters),
a empregada que os adora.
As coisas chegaram a tal ponto que falta comida na despensa
e as crianças vestem roupa suja.
É então que vem literalmente do céu, com sua sombrinha
voadora, a ex babá do pai e da tia, que não envelheceu um dia sequer.
Com ela, as crianças vão entrar na linha e começar a
experimentar o afeto e a magia que o pai e a tia tinham vivido com Mary Poppins
(Emily Blunt), anos atrás.
O filme é um musical e tem números de dança e canto muito
bem executados por Lin Manuel-Miranda, o acendedor de lampiões e Emily Blunt,
charmosa e com voz afinada, apoiados por coro e coreografias que incluem outros
personagens.
Meryl Streep, por exemplo, participa de uma única canção mas
ela é uma craque e consegue divertir a plateia como a russa Topsy, prima de
Mary Poppins, que faz consertos em tudo, coisas grandes e pequenas.
Colin Firth é o mal intencionado Presidente do Banco que
quer tirar a casa dos Banks e Dick Van Dyke é seu tio, afastado por causa da
idade, que faz um retorno aos 92 anos, emocionando a todos, dançando em cima da
mesa.
Com surpresa, vemos Angela Lansbury, aos 93 anos, cantando e
vendendo balões mágicos no parque, que bem escolhidos, fazem a pessoa voar.
“O Retorno de Mary Poppins” é para gente que ainda tem boas
lembranças de sua própria infância no século XX. Para os demais vai soar antigo
demais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário