sábado, 22 de dezembro de 2018

O Retorno de Mary Popkins




“O Retorno de Mary Popkins” - “Mary Popkins Return”, Estados Unidos, 2018
Direção Rob Marshall

Talvez não seja um filme para as crianças de hoje em dia. Mas certamente continua encantando uma geração que viu o original com Julie Andrews, em 1964, no papel da babá mágica e com espirito de aventura, que rendeu à atriz seu primeiro Oscar.
Quanto precisamos agora dessa mensagem de esperança, de que tudo é possível e de que as perdas não são aquilo que pensamos quando estamos deprimidos, mas a oportunidade de procurar as coisas perdidas no nosso coração.
A história se passa em Londres, durante o período da Grande Depressão, anos 30, no qual uma família está a um passo de perder a casa onde moram na rua das Cerejeiras.
Bem Wishaw é Michael Banks, viúvo recente e pai de três crianças, deprimido e endividado. Seus filhos, Annabel (Dixie Davis), John (Nathanael Saleh) e Georgie (Joel Walters), também sentem a falta da mãe, embora tenham a tia Jane (Emily Mortimer), irmã do pai e Ellen (Julie Waters), a empregada que os adora.
As coisas chegaram a tal ponto que falta comida na despensa e as crianças vestem roupa suja.
É então que vem literalmente do céu, com sua sombrinha voadora, a ex babá do pai e da tia, que não envelheceu um dia sequer.
Com ela, as crianças vão entrar na linha e começar a experimentar o afeto e a magia que o pai e a tia tinham vivido com Mary Poppins (Emily Blunt), anos atrás.
O filme é um musical e tem números de dança e canto muito bem executados por Lin Manuel-Miranda, o acendedor de lampiões e Emily Blunt, charmosa e com voz afinada, apoiados por coro e coreografias que incluem outros personagens.
Meryl Streep, por exemplo, participa de uma única canção mas ela é uma craque e consegue divertir a plateia como a russa Topsy, prima de Mary Poppins, que faz consertos em tudo, coisas grandes e pequenas.
Colin Firth é o mal intencionado Presidente do Banco que quer tirar a casa dos Banks e Dick Van Dyke é seu tio, afastado por causa da idade, que faz um retorno aos 92 anos, emocionando a todos, dançando em cima da mesa.
Com surpresa, vemos Angela Lansbury, aos 93 anos, cantando e vendendo balões mágicos no parque, que bem escolhidos, fazem a pessoa voar.
“O Retorno de Mary Poppins” é para gente que ainda tem boas lembranças de sua própria infância no século XX. Para os demais vai soar antigo demais.

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