Direção: Paul McGuigan
Vamos conhecer a história real de uma estrela do cinema dos
anos 40 e 50 e um ator inglês, 29 anos mais jovem do que ela, que vivem um
romance quando ela estava em seus últimos anos, mas não sabia.
Gloria Grahame (1923-1981), entre outros filmes, estrelou “It’s
a Wonderful Life”, em 1946, com Jimmy Stewart, fazendo uma loura petulante.
Recebeu sua primeira indicação ao Oscar pelo papel de uma prostituta em
“Crossfire” em 1947. Com Humphrey Bogard foi a estrela de “Lonely Place” em
1950, dirigida pelo segundo marido, Nicholas Ray.
Em seu currículo ainda constam “The Great Show on
Earth”,1952, dirigida por Cecil B. de Mille, que ganhou o Oscar de melhor filme
do ano.
“The Bad and The Beautiful” deu a ela seu único Oscar de
melhor atriz coadjuvante em 1952. Fez ainda “The Big Heat” com Lee Marvin em
1953 e “Oklahoma”, 1955.
Sua carreira no cinema terminou em 1960 mas ela continuou a
atuar no teatro e na televisão.
Morreu jovem, aos 57 anos. O filme foi baseado no livro de
Peter Turner, seu jovem e último amor, escrito alguns anos depois da morte
dela.
A primeira cena dos dois no filme é deliciosa. Dançam a
música de “Saturday Night Fever – Os Embalos de Sábado à Noite”, no quarto
dela, numa pensão em Londres em 1979, onde o dois estavam hospedados. Ela o
convoca no corredor para ser seu parceiro em sua “aula de dança”. Um clima de
sedução envolve os dois e a química entre eles é perfeita.
Annette Bening entrega-se com paixão ao papel da atriz
quando sua carreira estava em decadência, esquecida por quase todos. Cheia de
vida, casada 4 vezes, com 4 filhos entregues aos ex maridos, vive um romance
ardente com Peter, um verdadeiro amor, que adoça seus últimos dias.
Peter Turner, vivido por Jamie Bell de “Billy Elliot” de
2000, comove com sua interpretação delicada e amorosa, cuidando da atriz com
desvelo e levando ela para sua casa, em Liverpool, onde sua mãe (Julie Waters)
trata de Gloria como se fosse sua filha.
Fica na memória de espectador uma das últimas cenas, no
palco de um antigo teatro londrino vazio, onde Gloria e Peter vivem um trecho
de “Romeu e Julieta” de Shakespeare, o papel que ela sempre desejou ter feito.
“Estrelas de Cinema Nunca Morrem” é um filme belo e
comovente, com interpretações apaixonadas.
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