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“Professor Marston e as Mulheres Maravilha”-
“Professor Marston and The Wonder Women”, Estados Unidos,2017
Direção: Angela Robinson
“Mulher Maravilha”, dirigido por Patty Jenkins, foi
um dos maiores sucessos de bilheteria e crítica desse ano. Estrelado pela atriz
israelense, a bela Gal Gadot, agradou em cheio as plateias.
Sabíamos que a personagem tinha sido criada em 1941
pelo psicólogo Dr William Moulton Marston mas ninguém contou a incrível
história da vida real que inspirou a criação de Diana Prince, a princesa das
Amazonas e seu Laço da Verdade.
Pois bem. Tudo começa com o professor Marston (Luke Evans), psicólogo de Harvard, dando aulas
para alunas em Radcliffe College em 1928. Casado com Elizabeth (a maravilhosa
Rebecca Hall), os dois trabalhavam juntos no projeto de um detector de
mentiras. Injustamente, Elizabeth, que havia cumprido todos os passos para
receber um Ph.D. de Harvard, fora recusada pelo fato de ser mulher. Ora, o
marido admirava Elizabeth e achava que ela era mais inteligente que ele.
Na verdade, o casal tinha ideias avançadas para o
seu tempo. Acreditavam na igualdade entre homens e mulheres e no amor livre. E
estávamos nas primeiras décadas do século XX.
Quando a aluna Olive Byrne (Bella Heathcote) mostra
desejo de ser assistente do casal, começou uma história de amor duradoura que
foi motivo de escândalo e demissão do professor Marston de seu cargo em
Radcliffe.
Ora, Olive Byrne, filha da feminista Ethel Byrne,
fora educada em um internato, longe da mãe que era ativista e dizia não ter
tempo para cuidar dela. Carente e bela, apaixona-se pelo casal, mas mais
especificamente, por Elizabeth. E é correspondida.
Será a convivência com essas duas mulheres
especiais e brilhantes que vai gerar a personagem Mulher Maravilha.
Diferente em alguns aspectos da atual, que tem um
caráter ingênuo, as duas tem em comum o fato de serem poderosas. Mas a primeira
era também sensual e em suas aventuras, havia um conteúdo explícito de
sadomasoquismo. Longe da politicamente correta e discreta Diana Prince atual,
com seu Laço da Verdade, um detector de mentiras, a dos anos 40 era sexy e usava
cordas e correntes para castigar os malfeitores, que, por sua vez, também
aderiam a jogos eróticos com ela.
Por isso, o professor Marston teve que defender sua
personagem perante uma comissão de educação que achava as histórias impróprias
para crianças. O criador da Mulher Maravilha defendeu sua criação com brilho e
explicou que garotos jovens tinham que aprender a respeitar mulheres poderosas.
Depois da morte de Marston em 1947, todo o conteúdo
sensual foi retirado das histórias da personagem.
O filme trata com recato e delicadeza da relação a
três, com uma belíssima fotografia em tons dourados e contraluz e também não
mostra cenas que poderiam escandalizar plateias mais conservadoras. Mas é fato
que o filme não teve grande publicidade e foi lançado sem alarde nos Estados
Unidos e também por aqui, apesar das críticas favoráveis.
Infelizmente, há sempre um tanto de conservadorismo
nas pessoas que gostam de censurar a sexualidade alheia, mesmo que ela seja uma
heroína de histórias em quadrinhos.
De todos os filmes que estrearam o ano passado, este foi o meu preferido. Rebecca Hall A atriz alem de ser muito atrativa é muito talentosa, é uma atriz multifacetada. Sem dúvida, uma história maravilhosa. O elenco fez um excelente trabalho no filme. Eu gosto de tudo!
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