Direção:
Edgar Wright
Você vai
ficar muito surpreso com esse filme.
De cara,
uma perseguição em carros, perfeita e de tirar o fôlego.
E quem está
com o volante na mão? É Baby, o “driver” mais incrível da história. Ansel
Elgart de “A Culpa é das Estrelas” faz o garotão calado mas ligado. Uma mistura
de Marlon Brando com Paul Newman, sem os olhos azuis mas carismático como foram
esses dois.
De poucas
palavras, ele tem um drama em sua vida. Perdeu a mãe num acidente de carro
quando era menino, causada por uma briga. Mãe e padrasto, aliás, viviam
brigando. Ele saiu vivo daquele carro mas ferido para sempre. Desde então, luta
com um zumbido crônico no ouvido, sequela do acidente.
E logo
percebe que a sua salvação é a música. Porque distrai a mente desse som que
enlouquece. Fones de ouvido, adereço constante, óculos escuros (ele tem uma
coleção), um andar de felino e agilidade tanto no carro quanto no solo. Um
atleta bailarino.
Baby tem
que trabalhar para Doc (Kevin Spacey), um chefão do crime para quem deve
dinheiro. Tornou-se o piloto de fuga da quadrilha que tem Bats (Jamie Foxx),
Buddy (Jon Hamm) e Darling (Eliza González) mas que pode variar de integrantes
de acordo com o humor de Doc. O único que não pode faltar nunca é o talismã,
Baby.
Mas quando
ele entra naquela lanchonete e encontra a mulher de sua vida, Deborah (Lilly
James, bela e charmosa), que via passar sempre cantando para logo desaparecer
como um cometa, Baby sabe que sua vida vai mudar. Porque sente que é sério esse
amor.
Mais um
trabalho para Doc e depois vai viver com Deborah e a música, na estrada da
vida.
Baby mora
com seu pai adotivo Joseph (C.J. Jones), que ele cuida com carinho. Fala com
ele pela linguagem de sinais, porque ele é surdo-mudo.
É lá que
Baby guarda o dinheiro que ganha dos assaltos de Doc e, principalmente, esconde
o seu tesouro, sua coleção de iPods, com as músicas de sua vida. Cada um deles
serve para um estado de ânimo.
E o mais
amado é o de sua mãe, que era cantora. Ela estará para sempre no coração
do filho.
Vindo de
séries da TV, vídeos para músicas e cinco longas (“Shaun of The Dead”de 2004 e
“Scott Pilgrim vs The World” de 2010) o britânico Edgar Wright é um prodígio
como diretor, materializando com “Baby Driver” ou “Em Ritmo de Fuga” como foi
traduzido o título do filme em português, uma ideia que ele teve há 20 anos
atrás.
O filme não
é só sobre carros e fantásticas perseguições. É também uma história de amor e
um musical, não no sentido de “ La La Land” com músicas cantadas pelos atores,
mas com ação e diálogos sincronizados com a música maravilhosa que vem do iPod
de Baby e que vai de Simon & Garfunkel a Queen e Emicide. Tantos. Alguém
contou 43 créditos na lista final.
A música é
importante porque dá o clima. Tudo do ponto de vista de Baby, que é dado pelo
que ele está escutando e nós também. Uma loucura de imagens e sons que
hipnotizam a plateia.
Entretenimento
de primeiríssima qualidade, o filme vai agradar a muita gente. E aposto que
veremos prêmios merecidos no ano que vem para esse delicioso “Baby Driver”.
Para mim, os filmes por que são muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de Em Ritmo de Fuga imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Ansel Elgort, um ator muito comprometido. O Filme Em Ritmo de Fuga é uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.
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