“O Plano de Maggie”- “Maggie’s Plan”,
Estados Unidos, 2016
Direção: Rebecca
Miller
Greta Gerwig, atriz adorável e
consistente, é Maggie e está naquela idade que a natureza estimula o desejo de
ser mãe. Mas, para Maggie, não a qualquer custo. E muito menos tendo que aturar
o pai do bebê. Afinal, seus relacionamentos amorosos até então, nunca tinham
durado mais de seis meses.
O fato de ter sido criada pela mãe,
que engravidou tempos depois de separar-se do pai dela, quando tiveram uma
recaída numa festa, deve ter ajudado na criação desse plano. Mamãe e eu soava
bem aos ouvidos daquela que fora a filha que ajudava a mãe em tudo. Nada
prática, a professora de poesia inglesa do século XIX, deixava tudo nas mãos de
Maggie. Quando ela morreu e a filha teve que viver com o pai, foi um fim de
adolescência sereno e solitário.
O plano de Maggie para ter o seu bebê
incluía a doação de sêmen de um colega da faculdade, Guy (Travis Fimmel), que
era o craque da matemática, além de alto e bonitão. A inseminação artificial
seria feita por ela mesma.
Perguntado, Guy expressou nenhum
desejo de envolvimento com o bebê, já que seu tempo agora era dedicado à sua
empresa de pickles, que ia muito bem.
Só que na hora em que Guy doa o
esperma e ela está num dia fértil, fazendo a auto-inseminação na banheira, toca
a campainha. E é John Harding que
aparece (Ethan Hawke, ótimo). Ela vinha ajudando o antropólogo, que lecionava na
mesma faculdade que ela, com seu romance, lendo e discutindo os capítulos, já
que a mulher dele, uma professora famosa, não tinha tempo para
isso.
Ela abre a porta, mal recomposta da
banheira, quando ele se joga a seus pés e declara sua paixão. Está farto do
casamento com a brilhante antropóloga.
Maggie, que estava num dia fértil,
num impulso, vai para a cama com ele.
Três anos depois e com uma linda
filhinha no colo, Maggie começa a se dar conta de que John é muito folgado.
Sempre enrolado com aquele livro dele, não tem tempo para cuidar dos filhos do
outro casamento, que empurra para Maggie. Adora a bebê, mas só para brincar com
ela por pouco tempo. E a cabecinha de Maggie começa a
trabalhar.
Sempre muito prestativa, passa a
frequentar a casa de Georgette, a ex de John. Julianne Moore está irresistível
no papel da professora mandona, com um sotaque dinamarquês e cabelos ruivos.
Sentindo-se superior àquela mocinha que tivera o desplante de tirar o marido
dela, foi difícil para Maggie conquistá-la. Mas, quando isso acontece, o segundo
plano de Maggie vai ser posto em ação.
Rebecca Miller, em seu quinto longa,
conta com um elenco resplandecente, que é o ponto alto de seu filme. Estão todos
ótimos e dão vida inteligente a um roteiro que tem altos e
baixos.
“O Plano de Maggie” é uma comédia
romântica que se destaca das outras, principalmente por Greta Gerwig (a
inesquecível Frances Ha) e Julianne Moore, a atriz mais polivalente de
Hollywood. Vale a pena ver essa dupla charmosa e
divertida.
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