O Oscar 2018
Não sei porquê achei a cerimonia dos
90 anos do Oscar meio engessada. O apresentador Jimmy Kimmel parecia apressado
demais... Um discurso muito comprido no começo e depois piadas avulsas como a
sobre os cachorros de Barbra Streisand que me deixou com a impressão que eu
perdi algo. Nem ouvi risadas...
Mas tudo bem. O povo do cinema estava
lá, bem vestido e comportado. Só que eu fiquei com a mesma impressão de alguém
que disse que a visita surpresa ao cinema ao lado foi mais divertida que o
Oscar.
Fiquei com um pouco de saudades das
cerimonias de anos atrás, mais solenes. Bem mas isso deve ser coisa minha.
Os prêmios não surpreenderam porque
ganharam os favoritos. E merecidos todos.
Amei os prêmios para “A Forma da
Água”, o de melhor filme e diretor para o Guillermo del Toro, a trilha sonora
para o maravilhoso Alexandre Desplat e a direção de arte esmerada.
Frances McDormand ganhou todos os
prêmios de melhor atriz, só faltava mesmo o Oscar. E o discurso dela foi curto
mas importante, chamando a atenção dos roteiristas para as mulheres
maravilhosas da plateia. Só a ideia de que todas que ganharam um Oscar na vida
subissem no palco é que foi um pouco exagerada.
Gary Oldman teve um ano excelente.
Levou todos os prêmios de melhor ator.
“Dunkirk” de Christopher Nolan ganhou
prêmios técnicos mas marcou presença. E “Blade Runner 2049”de Ridley Scott
merecia o de efeitos especiais e fotografia.
“Trama Fantasma” foi destacado pelos
figurinos, o mínimo que podiam fazer pelo belo filme de David Day-Lewis.
O Oscar para o filme estrangeiro
acertou em cheio porque Daniela Vega é uma grande atriz e o filme de Sebástian
Lelio é comovente e atual.
No mais, ator e atriz coadjuvante
ganharam também os preferidos, Sam Rockwell de “Três Anúncios para um Crime” e
Allison Janney de “I Tonya”.
Melhor canção foi “Remember me” de
“Viva – A vida é uma festa”, animação mexicana.
E gostei do prêmio de roteiro
adaptado para James Ivory de 89 anos que escreveu para “Me Chame pelo seu Nome”
e roteiro original para Jordan Peele que também dirigiu o surpreendente
“Corra!”
Os curtas eu não vi, então não sei
dizer se eram os melhores.
Os cenários eram quase todos azuis o
que não realçou os belos vestidos. Para mim as mais bonitas foram Jennifer
Garner de azul, Margot Robbie de branco e Nicole Kidman também de azul. Jane
Fonda desfilou seu Balmain branco com um corpo perfeito do alto de seus 80 anos
e Gal Gadot mostrou que continua a Mulher Maravilha.
Warren Beatty não deixou Fay Dunaway
pegar sequer o envelope mas foi brincadeira porque eles não tiveram culpa da
desordem do ano passado.
O Oscar é sempre o Oscar e a gente
volta todo ano para ver! Até o próximo.
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