Esse documentário foi realizado pela televisão britânica
Canal 4 para comemorar os 100 anos da dinastia real de Windsor. Vai mostrar os
protagonistas de uma história de sobrevivência e comemorar aquela que é
considerada a melhor governante dessa dinastia, Elizabeth II, que é também a
rainha que teve o reinado mais longo.
O mais interessante é que vamos ver fotos, filmes e cartas
privadas da família real, arquivadas no castelo de Windsor e mostradas pela
primeira vez ao público.
Nem todo mundo sabe que foi o rei George V, em 1917, quem
mudou o nome da família Saxe-Coburgo-Gotha, que soava alemão demais, para
Windsor.
A Primeira Guerra trouxera à tona um preconceito contra a
Alemanha e embora fossem todos descendentes da rainha Victória, cuja mãe e
marido eram alemães, a família achou conveniente essa mudança de nome. Soava
mais inglês.
Aprendemos com isso que a marca registrada dos Windsor é a
própria sobrevivência, custe o que custar.
E o documentário parece sugerir que, embora totalmente
diferente da mãe, ligada à tradição e ao solene, Charles, seu primogênito,
teria condições de sentar no trono e reformular a posição da monarquia na
Inglaterra e assim fazer com que a dinastia sobreviva.
Aliás Charles conseguiu algo que seu tio, o Duque de
Windsor, não alcançou. Assim, o rei Edward VIII teve que abdicar do trono para
se casar com a americana Wallys Simpson, duas vezes divorciada e viver no
exílio, na França.
Quanto a Charles, todos sabemos que seu casamento com Diana
Spencer foi tumultuado. A “Rainha dos Corações”, como ela dizia que gostaria de
ser lembrada, divorciou-se de Charles, que parece que nunca teria esquecido de
Camilla Parker-Bowles, sua namorada da juventude.
O documentário parece querer mostrar Charles, em suas
qualidades, e mesmo nos pontos em que discorda da rainha, preparando dessa
forma o Príncipe de Gales e sua mulher para o trono. Apesar da popularidade
indiscutível de Lady Di e do fato dela ser mãe do Príncipe William, que poderá
no futuro ser rei da Inglaterra, a família não a tem entre os seus, lembrando o
modo como trataram o Duque de Windsor depois da abdicação. Parece que a Rainha
Elizabeth II desaprova não tanto os divórcios como a popularidade dessas duas
figuras rebeldes.
Em todo caso, a série é interessante no modo como conta a
história da dinastia, nos filmes antigos, fotos e cartas lidas pelo narrador.
Há sem dúvida, uma aura em torno a todas as figuras da
família, tanto os bem comportados quanto os outros.
Merece ser visto.
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