“Vida”- “Life”, Estados
Unidos, 2017
Direção: Daniel Espinosa
Vemos a imagem do espaço
infinito transmitindo uma sensação de paz. Estrelas na noite.
Estamos na Estação Espacial
Internacional num futuro não muito distante. De repente uma agitação entre os
tripulantes. A cápsula ”Pilgrim”, que vem de Marte, foi desviada de seu trajeto
e é necessário que o engenheiro espacial australiano Rory Adams (Ryan Reynolds)
se prepare para sair da nave. E ele tem êxito na missão. Consegue trazer para
dentro da estação a cápsula que precisa ser examinada antes que atinja a Terra.
Mal sabe ele que esse foi o
primeiro passo no que poderá ser a extinção da humanidade.
Mas ninguém pensa em perigo.
Estão todos extasiados olhando o microbiologista britânico Hugh Derry (Aryon
Bakare) explorar as amostras de solo de Marte, onde ele acaba de descobrir um
organismo unicelular microscópico.
Assim, a inglesa dra Miranda
North (Rebecca Gerguson), especialista em contaminação, o perito em
comunicações, o japonês Sho Murakami (Hiroyuki Sanada), a comandante russa
Ekaterina Golovkina (Olga Dihovichnaya) e o médico militar David Jordan (Jake
Gyllenhaal) revezam-se na janela que permite ver os cuidados com que o dr Derry
cerca o primeiro achado de vida extraterrestre.
Aqui na Terra, uma multidão
lota o “Times Square” em Nova York para ver uma menina anunciar o nome
escolhido para o ser que mais parece um plantinha da horta: Calvin.
Enquanto isso, o médico
militar (Gyllenhaal), que já está na estação há mais de 400 dias, um recorde, é
examinado pela médica que constata aumento de radiação em seu organismo. Ele,
que participou de um episódio traumático na guerra da Síria, diz com palavrões
que nem em sonhos voltaria para a Terra. Odeia seus 8 bilhões de habitantes. É
um misantropo.
Mas pouca coisa ficamos
sabendo sobre o resto da tripulação.
O diretor sueco, filho de
pais chilenos, Daniel Espinosa acertou no clima claustrofóbico criado pelo
desenho da estação e logo mostra a que veio.
Calvin foge do laboratório e,
qual flor carnívora, ataca o cientista e mata o engenheiro espacial que vem
ajudar, sua primeira vítima.
Está dada a ordem do jogo de
gato e rato. Que vença o mais forte. A sobrevivência da vida baseia-se nesse
instinto de conservação que é muito forte em Calvin. Ele é indestrutível, como
vão ver os tripulantes da estação apavorados.
“Vida” tem seu núcleo clonado
do filme “Alien- O oitavo passageiro” de 1999, dirigido por Ridley Scott. Mas
não chega aos pés do enredo que ninguém que viu o filme esquece e que gerou
vários filmes-sequência. Outro será lançado em breve, “Alien – Covenant”,
dirigido pelo próprio Ridley Scott e estrelado por Michael Fassbender.
Mas “Vida” tem um final
surpreendente, que vale o filme. Bom entretenimento.
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